Tinta de nanotubos imprime transistores e células solares

09 março 2009



Cientistas criaram uma tinta de nanotubos de carbono que poderá ser utilizada para imprimir componentes semicondutores - sejam transistores para circuitos eletrônicos ou células fotovoltaicas para painéis solares - sobre substratos finos e flexíveis.
A técnica, que envolve o tratamento dos nanotubos de carbono com moléculas à base de flúor, foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, em colaboração com a empresa DuPont.



A parte de cima da imagem, mostra nanotubos metálicos e semicondutores. A parte de baixo mostra o mesmo lote depois do processo de cicloadição,
contendo apenas nanotubos semicondutores.
[Imagem: Cornell]



Nanotubos semicondutores

Os nanotubos de carbono
são excelentes candidatos para uma quantidade inumerável de aplicações.
Contudo, para operarem como transistores, eles devem antes ser convertidos em semicondutores - normalmente os nanotubos de carbono são condutores excepcionais.
Ao serem produzidos com as técnicas atualmente disponíveis, apenas uma pequena parcela dos nanotubos é semicondutora, com a maioria sendo metálica. E separá-los em grande escala até agora era uma tarefa inviável.

Cicloadição

O que a equipe coordenada por George Malliaras e Graciela Blanchet conseguiu foi desenvolver uma forma de eliminar os nanotubos metálicos, colocando-os em contato com uma solução à base de flúor.
Por meio de um processo chamado cicloadição, as moléculas de flúor destroem os nanotubos metálicos ou os convertem para nanotubos semicondutores.
O resultado é um lote de nanotubos inteiramente semicondutores, que pode ser utilizado na forma de suspensão para a criação da tinta semicondutora.

Redação do Site Inovação Tecnológica

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