Pesquisa indica que banho de chuveiro elétrico é mais barato
26 abril 2009
O apelo econômico de soluções alternativas para um banho quente pode estar com os dias contados. Uma pesquisa elaborada pelo Cirra (Centro Internacional de Referência em Reúso de Água) apontou o chuveiro elétrico como a opção mais econômica, quando considerados os gastos com energia elétrica ou gás mais a água.
A pesquisa deverá ser concluída apenas em janeiro de 2010. Apesar disso, os resultados preliminares dos três primeiros meses demonstram que um banho de oito minutos com chuveiro elétrico custa R$ 0,22 contra R$ 0,35 do sistema solar, R$ 0,58 do aquecimento a gás e R$ 0,78 do aquecedor de acumulação elétrico (boiler). Respectivamente, os usos alternativos são 59%, 164% e 255% mais caros do que com chuveiro elétrico. O estudo recebeu o nome de "Avaliação do consumo de insumos (água, energia elétrica e gás) em chuveiro elétrico, aquecedor a gás, chuveiro híbrido, aquecedor solar e aquecedor de acumulação elétrico".
O estudo leva em consideração custo de água, energia elétrica e gás, custo de cada equipamento utilizado e custo de instalação. Os valores referentes à água, energia elétrica e gás são considerados para São Paulo e não estão inclusos impostos como Pis/Pasep, Cofins, ICMS. Neste estudo também não foram considerados custos de tubos e conexões para água quente e fria e material elétrico utilizado na instalação do sistema experimental. O resultado parcial está baseado nos dados obtidos no primeiro trimestre deste ano, em que houve diversas variações de temperatura.
O professor e coordenador do trabalho, Ivanildo Hespanhol, afirma que um dos principais fatores que fazem essa equação penderem para o lado do chuveiro elétrico é o consumo de água. A água perdida no início do banho até se atingir a temperatura ideal no chuveiro elétrico foi registrada como zero. No sistema solar ou boiler elétrico a perda é de 5 litros e no aquecedor a gás, 4,5 litros.
Nos primeiros meses da pesquisa, o chuveiro elétrico apresentou um consumo de 4 litros de água por minuto contra 8,7 litros por minuto do solar (consumo 118% maior), 9,1 do sistema a gás (128%) e 8,4 do boiler elétrico (+110%). O sistema híbrido (solar com chuveiro elétrico) apresentou um desempenho semelhante ao chuveiro elétrico, com 4,1 litros por minuto.
A medição é realizada em seis pontos de banho instalados no vestiário dos funcionários da USP (Universidade de São Paulo). São dois pontos com chuveiros elétricos, um com aquecedor a gás, um alimentado por sistema solar, um híbrido (solar de baixo custo comchuveiro elétrico) e um boiler. Até janeiro de 2010, os funcionários voluntários divididos em grupos tomarão banhos nos pontos determinados. A cada três meses, os grupos passarão de um ponto para outro.
Para Vera Hachich, membro do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), a pesquisa deve ser analisada com cautela. "O estudo ainda não terminou e os profissionais são sérios. Além disso, seria importante analisar todo o ciclo de vida e o custo dos elementos envolvidos, como o de construção de uma hidrelétrica", pondera.
O combustível do século 21
Nos anos 1960, costumava-se ridicularizar um professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) pela sua insistência em construir um motor que funcionasse com água. A coisa não era bem assim, mas era essa a notícia que circulava.
Mal sabiam os risonhos trocistas que a ideia já poderia ter sido implementada 130 anos antes, quando Sir William Robert Grove (1811-1896) inventou o que hoje chamamos de célula a combustível – que, em grandes linhas, pode ser definida como um dispositivo que converte energia química em energia elétrica.
Nem o inventor britânico, nem o obstinado professor brasileiro tiveram sucesso na obtenção de um motor que funcionasse com hidrogênio. O primeiro porque estava interessado apenas no fenômeno da produção de eletricidade pela recomposição da água e não tinha o menor interesse pelas suas aplicações; o segundo, porque não tinha as mínimas condições materiais para superar as enormes dificuldades do empreendimento.
A ideia básica da geração de eletricidade com hidrogênio é simples, como ilustra a animação abaixo. O dispositivo é alimentado com hidrogênio e oxigênio e, ao final do processo, não gera nada que polua – apenas água e calor. Mas não custa lembrar que poluentes são gerados em outras etapas envolvidas no desenvolvimento dessa tecnologia – um exemplo típico são os metais pesados utilizados em pilhas e baterias, como se verá mais adiante.
A ilustração representa um sistema de geração de eletricidade em uma célula a combustível de hidrogênio. Fluxos de hidrogênio e oxigênio são admitidos separadamente. O fluxo de hidrogênio passa por uma região em que existem dois tipos de material, um que arranca o elétron do hidrogênio e outro que só deixa passar cargas positivas. Assim, prótons (núcleo de hidrogênio) atravessam o material e elétrons seguem outro caminho, gerando corrente elétrica durante seu transcurso. Na outra extremidade, elétrons, prótons e átomos de oxigênio juntam-se para formar água (arte: Wikimedia Commons).
O material que “quebra” o hidrogênio – representado em lilás na animação – é conhecido pelo nome de catalisador. Entre as várias substâncias que podem desempenhar esse papel, um dos preferidos é a platina. O material que só deixa passar cargas positivas é o eletrólito. Este também pode ser de natureza variada, mas o que está na moda é uma membrana de polímero (PEM, na sigla em inglês). O conjunto é conhecido como célula PEM.
PRPG TEM TRÊS EDITAIS DE BOLSAS ABERTOS
24 abril 2009
Com prazo de inscrição até 22 de maio, há os editais do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica (Pibict) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) que tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Os servidores e alunos interessados podem consultar todos os três editais no link http://www.cefetpb.edu.br/conteudo/bolsas.php onde estão discriminados todos os critérios para seleção e as obrigações dos participantes.
No Pibict, são concedidas 30 bolsas de pesquisa, sendo 10 destinadas ao ensino médio/técnico no valor de R$ 120 e outras 20 bolsas ao ensino superior com R$ 180 mensais. Estes alunos são inscritos através do professor ou técnico-administrativo orientador que submete seu projeto de pesquisa à seleção organizada pela PRPG. A seleção constará de análise do projeto de pesquisa, do plano de trabalho para os bolsistas e da produtividade do orientador. A vigência da bolsa será de seis meses, podendo ser renovada por igual período, com início em agosto.
Já no Pibiti, a exigência para a participação é maior, sendo permitida apenas a inscrição de projetos por orientadores que tenham doutorado, com participação de alunos bolsistas do Ensino Superior. O quantitativo de bolsas é definido pelo CNPQ que disponibiliza uma cota para cada instituição do país. O IFPB ainda não foi informado da cota que tem direito para o ano de 2009.
O chefe do Departamento de Pesquisa do IFPB, Alexsandro Guedes, acredita que, até julho quando for divulgado o resultado dos selecionados, o CNPQ já terá informado a cota da instituição para este ano. Em 2008, o IFPB teve direito a 13 bolsas no valor de R$ 300 mensais. Mas, este ano, tanto o quantitativo quanto o valor podem ser alterados, dependendo da verba do CNPQ e de outros critérios que a entidade financiadora tenha a analisar.
Assessoria de Comunicação Social do IFPB
Cerebro em um CHIP: Nasce o 1º protótipo.
18 abril 2009
Como o cérebro humano roda sem ter um software? Quando descobrirmos isto, afirmam pesquisadores europeus, será aberto um campo de pesquisas totalmente novo para lidar com a computação cerebral.
Cérebro em um chip
E não se trata apenas de teorias: os pesquisadores do projeto Facets (Fast Analog Computing with Emergent Transient States) já têm o que eles chamam de "cérebro em um chip."'
"Nós sabemos que o cérebro tem capacidades computacionais maravilhosas," afirma Karlheinz Meier, físico da Universidade de Heidelberg, na Alemanha. "Claramente há algo para se aprender com a biologia. Eu acredito que os sistemas que estamos começando a desenvolver poderão ser parte de uma nova revolução na tecnologia da informação."
Meier não está sozinho; ao contrário, ele está junto com cientistas de 15 universidades de sete países europeus, todos com o objetivo de construir um computador neural que, esperam eles, será capaz de funcionar de forma análoga à do cérebro humano.
O cérebro não é um computador
Costuma-se comparar o cérebro humano com os computadores, mas ele difere dos computadores atuais em pelo menos três ítens importantes: ele consome pouquíssima energia, ele funciona bem mesmo quando seus componentes falham, e ele parece funcionar sem software.
Como ele faz isso? Ninguém sabe ainda, mas os cientistas acreditam que poderão começar a obter respostas estudando os neurônios, as células cerebrais.
"Nós estamos agora em uma situação parecida com a da biologia molecular há alguns anos, quando as pessoas começaram a mapear o genoma humano e disponibilizar os dados," diz Meier. "Nossos colegas estão gravando dados dos tecidos neurais descrevendo os neurônios e as sinapses e sua conectividade. Isto está sendo feito praticamente em uma escala industrial, registrando dados de muitas, muitas células neurais e colocando-os em bases de dados."
Enquanto, isso, outros membros da equipe estão desenvolvendo modelos matemáticos simplificados que irão descrever com precisão o comportamento complexo que está sendo descoberto. Embora os neurônios possam ser modelados em detalhes, eles podem ser complicados demais para se implementar, seja em hardware, seja em software.
Computador neural
O objetivo é usar esses modelos matemáticos para construir um computador neural capaz de emular o cérebro.
O primeiro resultado o esforço é o "cérebro em um chip", uma rede de 300 neurônios e meio milhão de sinapses montados sobre um único chip. A equipe de pesquisadores utilizar eletrônica analógica para representar os neurônios e eletrônica digital para representar as comunicações entre eles. É uma combinação verdadeiramente única.
Simulando um dia em um segundo
Como os neurônios são muito pequenos, o sistema roda 100.000 vezes mais rápido do que os seus equivalentes biológicos e 10 milhões de vezes mais rapidamente do que uma simulação feita por software. "Nós podemos simular um dia em um segundo," diz Meier.
Mas esse protótipo foi construído antes dos resultados obtidos com o trabalho de mapeamento dos neurônios e da modelagem matemática. Por isso, os cientistas agora estão trabalhando na construção do segundo protótipo, uma rede de 200.000 neurônios e 50 milhões de sinapses que irá incorporar todas as descobertas das neurociências feitas até agora.
Fonte:site Inovaçao Tecnológica
acessado em: 17/04/2009
Informações ENEEEL
15 abril 2009
BEM VINDO AO MUNDO PARALELO DO IV ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA ELÉTRICA As inscrições serão limitadas, e a comissão organizadora efetuará o reembolso dos participantes que pagarem após o número de vagas limites, com até vinte dias úteis do prazo final das inscrições, de acordo com o calendário municipal de Fortaleza-CE. Para sua segurança mantenha a cabeça em cima do pescoço, se esqueça das provas que estão lhe preocupando na Engenharia Elétrica e leia todo esse manual para sua sobrevivência nesse IV ENEEEL. Eis os passos a serem seguidos: 1. Pacote Completo (3 x R$65,00 = R$ 195,00): Participação nas palestras, mesas redondas, apresentações de trabalhos; Participação nas visitas técnicas, respeitando as regras de conduta e o limite de vagas permitidas estipuladas pelas empresas; Direito a Alojamento nas Salas de Aula, com segurança na entrada do bloco permitindo apenas a entrada dos participantes do evento; Almoço e Janta para os horários que ocorrerem atividades no Evento (Exceto para o dia 24 de julho); Ida ao parque aquático no dia 24 de Julho; Feijoada no Clube de Engenharia no dia 26 de Julho; Transporte do alojamento para festas externas, bem como entrada nos respectivos locais. 2. Pacote Local (2xR$30,00 + R$40,00 = R$100,00) Participação nas palestras, mesas redondas, apresentações de trabalhos; Participação nas visitas técnicas, respeitando as regras de conduta e o limite de vagas permitidas estipuladas pelas empresas; Ida ao parque aquático no dia 24 de Julho."CARO FUTURO PARTICIPANTE,
A comissão organizadora se reserva no direito de alterá-lo até o dia 03 de maio de 2009, véspera do primeiro dia de inscrição.
•Preencher a ficha de inscrição.
•Concordar com o termo de compromisso, estando ciente que ele deverá ser assinado no credenciamento.
•Depositar a quantia referente ao valor da inscrição na conta da comissão, na BOCA DO CAIXA do BANCO DO BRASIL, pedir para o caixa colocar o NOME COMPLETO do participante no recibo do depósito.
Enviar uma cópia do comprovante de depósito para aderbal@dee.ufc.br juntamente com a ficha de inscrição devidamente preenchida.
O recibo deve ser identificado, caso não venha identificado será aceito como doação à comissão! O participante deverá guardar o(s) recibo(s) e levá-lo ao credenciamento no primeiro dia do Evento, para eventuais imprevistos.
Serão duas formas de participação:
CONTA PARA O DEPÓSITO:
Banco do Brasil
Conta: 7.156-0
Agencia: 4439-3
Adivinha de quem é a conta? É, do José Aderbal mesmo...
O que vai rolar no encontro é o seguinte:
O credenciamento será aberto às 14 hrs. Só participa do ENEEEL quem tiver a sua pulseira.
Depois de ter feito todas as coisas acima, e ter viajado hoooooras, Bem Vindo ao ENEEEL!
Porém aqui vão algumas dicas de sobrevivência que não prejudicarão seu encontro.
•Cuide bem da sua pulseira, pois é a sua identificação no encontro. Caso você a perca, será necessário pagar uma nova inscrição.
•Se você cometer algum vandalismo ao patrimônio da UFC, responderá como qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro, sendo sujeito a arcar com os prejuízos e a expulsão do encontro.
•Menores de 18 anos só poderão participar do encontro através de emancipação do menor pela simples vontade dos pais (chama-se a isso de direito potestativo), mediante registro em escritura pública, bastando o comparecimento do menor acompanhado dos pais a um cartório (ver Código Civil, art. 5º, § único, I).
•É expressamente PROIBIDO o porte e consumo de drogas ilícitas no encontro, sendo de sua total responsabilidade tais atos. A Comissão Organizadora do IV ENEEEL Fortaleza não se responsabilizará pelo porte ou uso de substâncias ilícitas em qualquer situação.
Seu colchão será muito bem-vindo, se você não tem um pegue a do seu amigo, primo, tio ou bichano. O alojamento será extremamente limitado, é apertado e só caberão 200 pessoas. Se você pretende dormir sozinho, por favor, não tragam colchões de casal. Barracas, não serão bem vindas, atearemos fogo em todas elas.
As vagas serão ocupadas conforme a chegada no Campus do Pici!!!
Qualquer dúvida, sugestão ou mais algum lengalenga, corra em círculos, role no chão e grite!
Ou pode conversar com os organizadores através do tradicional sinal de fumaça, ou do msn:
aderbal_filho@hotmail.com
shimoda_sama@hotmail.com"
Robô construirá primeira casa na Lua
14 abril 2009
Pesquisadores da Universidade Malardalen, na Suécia, estão projetando um robô que deverá ser capaz de sair autonomamente de um foguete pousado na Lua, escolher um lugar adequado nas proximidades e construir uma casa.
Aquela que poderá ser chamada de a primeira casa espacial terá uma massa de 5 quilogramas, tudo empacotado em um volume de 6 litros. Depois de montada, a casa lunar terá um ambiente de 10 metros quadrados.
Pedreiro robótico
Como se trata de um experimento de demonstração, os cientistas não estão se propondo a construir algo habitável. Construções habitáveis na Lua deverão pesar muito mais, devido tanto à necessidade de pressurização quanto à proteção contra a radiação e o impacto de meteoritos.
Contudo, o conceito de utilização de um robô específico para a construção automatizada de instalações na Lua é promissor. O robô, que já foi batizado de Roony, será construído em um projeto totalmente levado a cabo por estudantes da Universidade.
Segway e GM criam mini-carro inteligente
07 abril 2009
Nesta terça-feira, 7, executivos da General Motors e da Segway anunciaram aquilo que pode ser a solução para os problemas mundiais de transporte
urbano: um veículo elétrico com duas rodas, parecido com uma moto scooter.
Batizado de PUMA - Personal Urban Mobility and Accessibility, ou mobilidade e acessibilidade pessoal urbana, o automóvel tem como objetivo melhorar o fluxo do trânsito, além de ser uma alternativa rápida, barata e limpa em comparação aos carros tradicionais utilizados atualmente no mundo.
"Estamos animados em poder fazer mais com menos", disse Jim Norrod, executivo-chefe da Segway, fabricante do produto. "Teremos menos emissões de carbono e menos dependência do petróleo estrangeiro", complementa.
O primeiro protótipo será movimentado por uma bateria de lítio que funcionará em conjunto com um sistema de gestão de energia. O veículo deverá ter dois acentos, um sistema de orientação com GPS para o condutor evitar atrasos no trânsito e poderá alcançar a velocidade máxima de até 55 km/h.
O PUMA deve ser lançado em 2011 e o preço de venda poderá variar entre um terço a um quarto do valor de um carro popular. "Os próximos dois meses serão focados na reinvenção da General Motors", disse Larry Burns, vice-presidente executivo da empresa.
Baterias feitas com vírus estão a um passo de chegar ao mercado
Protótipo de bateria que usa vírus e nanotubos de carbono. A bateria, o disco prateado no centro, Em Agosto do ano passado, cientistas do MIT apresentaram um novo conceito de bateria que utiliza vírus geneticamente modificados para otimizar o armazenamento de energia. Na época, eles já haviam conseguido construir duas partes da bateria, o anodo e o eletrólito (veja Microbaterias feitas com vírus vão alimentar aparelhos biomecânicos). Bateria de vírus Agora, naquele que pode ser o passo definitivo na construção dos primeiros protótipos dessa bateria inusitada, eles construíram o catodo, demonstrando que seus vírus geneticamente modificados podem ser utilizados para fabricar tanto os terminais negativos quanto os terminais positivos de uma bateria de íons de lítio. Em uma bateria de íons de lítio tradicional, os íons de lítio fluem entre o anodo, carregado negativamente e normalmente feito de grafite, e o catodo, carregado positivamente e normalmente feito de óxido de cobalto ou fosfato de ferro-lítio. Os catodos são mais difíceis de serem fabricados porque eles devem ser excelentes condutores de eletricidade. Entretanto, a maioria dos materiais quimicamente adequados para a tarefa são isolantes. Vírus e nanotubos de carbono O enfoque adotado pelos pesquisadores foi alterar geneticamente os vírus para que eles recubram a si mesmos com uma camada de fosfato de ferro e fixem-se sobre nanotubos de carbono, que são condutores elétricos excepcionais, formando uma malha de material altamente condutor. Como os vírus reconhecem e se ligam especificamente a determinados materiais - os nanotubos de carbono, neste caso - cada nanofio de fosfato de ferro pode ser conectado à malha de nanotubos. Assim, os elétrons podem viajar ao longo da rede de nanotubos de carbono, infiltrando-se através dos eletrodos até o fosfato de ferro e transferindo a energia de maneira otimizada. Mercado na próxima geração Os pesquisadores descobriram que a incorporação de nanotubos de carbono aumenta a condutividade do catodo sem adicionar muito peso à bateria. Nos testes de laboratório, o catodo de vírus e nanotubos passou por mais de 100 ciclos de carga e descarga sem perder nenhuma capacitância. Uma bateria real deve ser capaz de durar muito mais do que isso, mas os pesquisadores acreditam poder avançar muito agora que o novo catodo está pronto. Para isso eles vão fazer os vírus ligarem-se a outros materiais, como fosfato de manganês e fosfato de níquel. Segundo a Dra. Angela Belcher, em mais uma geração de protótipos, as baterias já poderão estar prontas para ir ao mercado. Os vírus utilizados são de uma espécie comum de bacteriófagos - vírus que parasitam bactérias, mas que são inofensivos para o homem.